CHERNOBIL BRASILEIRO
O Brasil se horrorizou – com razão – com o ataque terrorista em Paris.
A presidente Dilma, patética como de costume, mudando radicalmente seu discurso, enviou condolências ao governo francês, criticando a “brutalidade desumana” dos fanáticos islâmicos.
Os mesmos que – recorde-se – que há poucos meses mereceram o comentário feito com a expertise de quem sabe como funciona o terror fora da lei, da mesma Dilma, que propunha “diálogo” com os selvagens.
Mas, não assistimos o mesmo pesar com relação ao catastrófico desastre ecológico em Mariana, MG.
Tanto que a nossa zelosa presidente demorou quase uma semana para embarcar em um helicóptero para – bem distante da lama – analisar o desastre e “resolver” o gravíssimo problema aplicando pesadas multas na companhia responsável pela barragem que se rompeu.
Bom. Até parece que a multa acabou com o sofrimento daquela população.
Se bem que – como sempre – a “culpa” vai ser colocada nas costas do presidente anterior, que liberou a Vale para operar a barragem.
Mais uma vez a presidente não se ruboriza ao “fazer de conta” que o seu partido não está no poder faz 14 anos.
A pressa com que usou para “posar de estadista” e enviar solidariedade às vítimas do terror na França, não foi sequer parecida com as medidas tomadas para abrandar o resultado do desastre ecológico em Minas Gerais.
Depois de uma terrorista, cercada de terroristas, condenar atos de terrorismo, nada mais nos resta senão lamentar que a Chernobil mineira tenha tido tão pouca atenção do governo.
E, como sempre, o povo brasileiro que se dane.
Afinal, não é época de colher votos...
Marcelo Aiquel - advogado