Companheiros da diretoria, e vices presidentes da FIERGS,
Em função da minha fala no dia 15/02, em reunião,estou enviando trancrição da mesma para que possam ter ciência, por seu teor, da posição do Simecan, com referência às eleições naa FIERGS/CIERGS:
Caros colegas representantes de entidades industriais.
-A reunião da Diretoria da última terça-feira, dia 8 de fevereiro, foi conduzida de uma forma a que todos achassem que a manifestação de escolha o candidato indicado pelo Presidente fosse originada em um consenso a que chegou um colegiado consultado para tal. Nós do SIMECAN não fazemos parte deste, uma vez que em momento algum fomos consultados sobre a indicação feita. Respeitamos todos os três candidatos. Somos de opinião que todos possuem condições de presidir a FIERGS, mas oficialmente não fomos convidados a externar a nossa preferência. Respeitamos o colega Heitor Muller, o indicado da Presidência, da mesma forma que respeitamos Astor Schmidt e Gilberto Petry. Porém, entendemos que este mesmo respeito não foi levado em conta pelo colegiado que fez a indicação quanto aos dois acima mencionados. Não houve respeito! Ambos foram desrespeitados e “atropelados” na reta final das eleições.
- Não conseguimos conceber críticas de alguns colegas que se disseram “pressionados” a votar em um ou outro candidato. Ora, esperávamos que ali estivessem as pessoas mais esclarecidas da indústria gaúcha e não acreditamos que sejam estes representantes tão facilmente sujeitos a pressões. Onde estão as posições de suas bases? Como podemos falar em consenso, quando alguns chamam seus colegas de “montadores de conchavos”, coisa tradicional em canchas retas de cavalo, e por aí a fora? Vemos hoje tradicionais sindicatos, que sempre criticaram veementemente as propostas e posições do presidente, dando seu voto à continuidade! Temos que repensar isto tudo! Se uma oposição se formou e se concretizou, é porque nossa entidade está com problemas sim! Está dividida! Não tem unanimidade nem consenso, como alguns querem fazer parecer.
- O colegiado que propôs o nome de Heitor Muller para o cargo, deve ter falado com os demais candidatos, e mesmo assim, sabedores das intenções de candidatura destes, permitiram a continuidade de seus projetos. Nós, do SIMECANN, entendemos que tal atitude não tenha sido a mais correta. Os demais candidatos e as próprias entidades que não participaram de tal decisão foram expostas, a tal ponto que a mudança de suas posições fica comprometida, dificultando uma possível união ou uma saída de verdadeiro consenso. Nenhum dos candidatos, aliás, teve oportunidade de apresentar os seus projetos aos demais dirigentes, pois as manifestações sobre este tema foram silenciadas.
- Perguntamos: por que os candidatos Petry e Astor não são vistos com bons olhos pelo colegiado? Alegação de terem entrado muito cedo na disputa? Por terem posições fortes na casa? Ora, isso é ridículo! Em nosso entender, os três candidatos são preparados para o cargo! Então, porque deixamos de falar em coalizão, expondo e enfraquecendo nossa entidade?
- Pelo que sabemos, existem acordos tácitos de longa data que não estão sendo honrados a partir deste episódio. Se o presidente PauloTigre tivesse conseguido agradar a todos, certamente não teríamos esse impasse hoje. Sabemos de seus feitos e seus méritos, porém, nem todos o apoiaram e agora temos entidades que buscam outra linha de ação que acreditam ser mais coerente como os objetivos e necessidades de nossa indústria. Em uma casa onde se prega a democracia, como é a nossa FIERGS, nada mais natural que surjam lideranças pleiteando o seu legítimo direito de candidatar-se para conduzir a casa com seu plano. Então, não podemos ter “vencidos” e “vencedores” e sim o “melhor projeto” escolhido pela maioria!
-Acreditamos que a responsabilidade pelo que está ocorrendo não é exclusiva do atual presidente e sim, daqueles que, no seu entorno, o convenceram de pensar com preconceito a um ou outro candidato e a agir de forma a “rachar” a entidade. Voltamos a enfatizar: os três candidatos são merecedores de alta estima e consideração, e exatamente por isso nenhum deles deveria estar sendo imposto por alguns colegas como a “obviamente melhor” ou “única” opção. Todos têm os mesmos direitos, e estes direitos defenderemos até o fim!
- Pela união da Indústria Gaúcha, queremos eleições livres, com processo democrático, onde cada um possa apresentar perante os demais o seu pensamento, livre de colegiados que mais lembram o processo de eleições indiretas que tanto combatemos no passado.
-Faça-se a união, sem preconceitos ,faça-se uma chapa única com os 3 candidatos e que vença qual tiver maior apoio.
Roberto Machemer
Presidente do SIMECAN
Sind. das Indústrias Metal-Mecânicas e Eletro-Eletrônicas de Canoas e Nova Santa Rita