Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Fonte IBGE

Base: Outubro de 2014

Produção industrial tem variação nula (0,0%) em outubro

Outubro 2014 / Setembro 2014

0,0%

Outubro 2014 / Outubro 2013

-3,6%

Acumulado em 2014

-3,0%

Acumulado em 12 meses

-2,6%

Média móvel trimestral

0,1%

 

Em outubro de 2014, a produção industrial nacional mostrou variação nula (0,0%) frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após assinalar variação negativa de 0,2% em setembro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução de 3,6%, oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Assim, o setor industrial acumulou queda de 3,0% nos dez meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, recuou 2,6%, mantendo a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalando o resultado negativo mais intenso desde setembro de 2012 (-2,9%).

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16 dos 24 ramos pesquisados registram queda em outubro

 

A atividade industrial nacional (0,0%) repetiu, em outubro de 2014, o patamar registrado no mês imediatamente anterior, mas mostrou predomínio de atividades com queda na produção, já que 16 dos 24 ramos pesquisados apontaram recuo. As principais influências negativas foram assinaladas por produtos farmacêuticos e farmoquímicos (-9,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,2%). Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de produtos de minerais não-metálicos (-2,1%),produtos de borracha e material plástico (-1,7%), couro, artigos de viagem e calçados (-3,2%), produtos do fumo (-6,2%) e bebidas (-1,3%). Por outro lado, entre os seis ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por produtos alimentícios (2,5%). Vale citar também os impactos positivos vindos dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,9%) e outros equipamentos de transporte (5,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (0,0%) e bens de capital (0,0%) acompanharam o resultado do total da indústria e repetiram o patamar do mês anterior. Já os setores produtores de bens de consumo duráveis (-0,8%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) apontaram redução na produção nesse mês.

Média móvel trimestral varia 0,1%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação de 0,1% no trimestre encerrado em outubro, segundo resultado positivo consecutivo, mas com ritmo abaixo do verificado em setembro (0,3%). Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (0,9%) e bens de capital (0,2%) assinalaram as expansões. O segmento de bens intermediários (0,0%) repetiu o patamar registrado no mês anterior, enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, com variação de -0,1%, assinalou a única taxa negativa.

Na comparação com outubro de 2013, produção industrial cai 3,6%

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,6% em outubro de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos, já que as quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (23) dos 26 ramos apontaram redução na produção. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 16,5%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de produtos de metal (-13,9%), metalurgia (-8,3%), máquinas e equipamentos (-8,0%), outros produtos químicos (-5,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-4,6%). Por outro lado, entre as três atividades que aumentaram a produção, os principais impactos foram observados em indústrias extrativas (6,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-11,4%) e bens de consumo duráveis (-9,4%) assinalaram as quedas mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens intermediários (-2,8%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas com intensidade menor do que a média nacional (-3,6%).

O setor produtor de bens de capital recuou 11,4% no índice mensal, oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e com intensidade maior do que a verificada no mês anterior (-9,5%). O segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 19,8% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas porbens de capital agrícola (-18,5%), para construção (-19,5%), para fins industriais (-3,0%) e para energia elétrica (-3,6%), enquanto o grupamento de bens de capital de uso misto (6,6%) apontou o único resultado positivo.

 

O segmento de bens de consumo duráveis, ao recuar 9,4% no índice mensal, também assinalou o oitavo resultado negativo consecutivo e queda mais intensa do que a verificada em setembro (-7,1%). Em outubro, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-13,3%). Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-19,5%), motocicletas (-17,2%), móveis (-5,3%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-4,2%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupamento de outros eletrodomésticos (1,7%).

 

A queda na produção de bens intermediários (-2,8%) em outubro de 2014, oitavo resultado negativo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior, foi explicada principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,2%), produtos de metal (-16,1%), metalurgia (-8,3%), outros produtos químicos (-5,8%), produtos de minerais não-metálicos (-4,6%),produtos de borracha e de material plástico (-3,9%), celulose, papel e produtos de papel (-3,6%), produtos alimentícios (-1,5%), máquinas e equipamentos (-5,3%) e produtos têxteis (-6,0%). As pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (6,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,4%). Ainda nessa categoria, vale citar também os resultados negativos observados nos grupamentos de insumos para construção civil (-6,0%), que marcou a oitava queda consecutiva nesse tipo de comparação, e deembalagens (-3,3%), que volta a recuar após acréscimo de 0,6% em setembro último.

 

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, com variação de -0,1%, também mostrou resultado negativo e reverteu a expansão de 2,0% assinalada em setembro. O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelo recuo observado no grupamento de semiduráveis (-3,0%). Por outro lado, o subsetor de carburantes (3,9%) assinalou o único resultado positivo nesse mês, enquanto os grupamentos de não-duráveis (0,0%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (0,0%) registraram variação nula na comparação com igual mês do ano anterior.

Índice acumulado no ano cai 3,0%

No índice acumulado para os dez meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,0%, com perfil disseminado de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 58 dos 79 grupos e 63,0% dos 805 produtos investigados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-18,0%). Outras contribuições negativas relevantes vieram dos setores de produtos de metal (-11,4%), metalurgia (-6,6%), máquinas e equipamentos (-5,3%), outros produtos químicos (-4,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-3,9%). Por outro lado, entre as sete atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%) e produtos farmacêuticos e farmoquímicos (5,4%).

 

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos dez meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,6%) e bens de capital (-8,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-16,7%), na primeira, e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,6%), na segunda. O segmento de bens intermediários (-2,5%) também assinalou resultado negativo no índice acumulado no ano, mas com queda menos intensa do que a observada na média nacional (-3,0%). Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) foi o único que apontou taxa positiva.