Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2011
Heitor Müller se apresenta como candidato
na reunião de Diretorias Fiergs/Ciergs
O vice-presidente da Fiergs Heitor Müller apresentou na reunião de Diretorias do Sistema Fiergs/Ciergs da última terça-feira (15) suas considerações sobre a decisão de participar do processo eleitoral da entidade para a gestão 2011/2014. Segue abaixo a manifestação do industrial, bem como a sua trajetória empresarial:
Companheiros:
Tenho o dever de vir aqui para me manifestar sobre a sucessão na nossa Casa. Como fizeram os dois companheiros na reunião passada, vou me manifestar sobre como cheguei à condição de candidato para a próxima gestão.
A maioria dos companheiros tem informações sobre a minha vida profissional e a minha participação no setor industrial, desde a Frangosul, e hoje atuando diretamente em dois setores da nossa economia: a avicultura, através da Agrogen e da Novagro; e o setor metal-mecânico, já que temos o controle da Fundimisa, em Santo Ângelo.
No associativismo, fui presidente da União Brasileira da Avicultura, da Asgav, e do Sindicato da Indústrias de Produtos Avícolas. E como todos sabem sou, com muito orgulho, um dos vice-presidentes da Fiergs. Nesta Casa também já coordenei o Conagro (Conselho da Agroindústria), o Contec (Conselho de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros), o Contrab (Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social), e um comitê temporário de Reforma Tributária.
Pois bem, numa determinada ocasião, na segunda metade de 2010, comecei a ser questionado por amigos industriais sobre a opção de me candidatar à Fiergs. Essa pergunta se transformou em mensagens de estímulo, e fui assimilando a ideia.
Fiz uma séria autocrítica pessoal, conversei com a minha família, verifiquei a receptividade ainda entre um grupo de amigos, e fui procurar o presidente Paulo Tigre. E ele simplesmente me disse: “Como dei sinal verde para o Astor e o Petry fazerem suas sondagens, tens a mesma liberdade de ir em frente”.
Depois desse contato e das reflexões que fiz, decidi aceitar essa nova etapa pessoal, que até então não fazia parte dos meus planos.
Como declarei na carta em que me apresentei como pré-candidato, expedida dia 1º de novembro, recebia, na prática, “uma convocação por um grupo representativo da atual Diretoria e de presidentes de Sindicatos para me colocar como candidato à presidência da Federação e do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul, para o próximo mandato”.
Assim, me coloquei como pré-candidato à sucessão, e agora na condição de candidato estou aqui me pronunciando.
Naquela mesma carta de apresentação, disse que não tenho “receita pronta”. Tudo é dinâmico. Nossa pauta de trabalho no Sistema Fiergs/Ciergs será elaborada em conjunto com os diretores que irão integrar a gestão 2011/2014.
Nessa caminhada, fui animado pelos apoios e pela preferência alicerçada nas opiniões e manifestações que o presidente da Casa colocou na correspondência enviada a todos e lida na reunião da semana passada. Destaco o trecho que diz:
“Como presidente das duas entidades e, por isto, condutor do processo sucessório, tenho o dever de informar que o vice-presidente Heitor José Muller tem a preferência dos segmentos industriais em número, representatividade e distribuição regional, inclusive com posicionamentos formais de apoio ao seu nome.”
Sem dúvida, fico lisonjeado com essa realidade. Mas, ao mesmo tempo, aumenta muito a minha responsabilidade pelo senso de retorno que tenho que dar aos apoiadores. Preciso de todos para a nossa pauta de trabalho.
É preciso construir e ajustar, junto com os diretores e lideranças sindicais e industriais, as ações que serão tomadas. Tanto as de natureza estratégica e política, quanto as decorrentes das emergências e até dos “sustos” que impõem aos empresários. Somos “bombeiros” atacando incêndios de leis e iniciativas do setor público que impactam a iniciativa privada. Tudo por uma causa que é a de defender os empreendedores.
Por isto e para não me alongar mais, tenho a convicção das razões que nos levam a dedicar parte do nosso tempo pessoal, familiar e empresarial aos Sindicatos e entidades das quais fazemos parte. Em especial, estou certo de que a dedicação ao Sistema Fiergs/Ciergs tem como objetivo:
- a viabilização de uma economia que dê resultados para a sociedade.
As entidades existem para lutar por uma economia de resultados. Isto significa empresas rentáveis, pessoas empregadas, elevação da renda familiar, e arrecadação de impostos para que os governos possam investir em educação, segurança e saúde.
Resultados que permitam a preservação e a prosperidade dos empreendimentos e, na sequência natural, a prosperidade da sociedade.
Prosperidade que depende do sucesso de nossas empresas que geram todos aqueles benefícios sociais que nós todos muito bem conhecemos e que somente uma economia forte pode propiciar.
Gosto de conjugar os verbos construir, desenvolver, crescer, inovar, fazer, realizar, e encaro a vida com otimismo e um futuro melhor para todos. É em nome desse trabalho, com essa visão e objetivo que me manifesto como candidato, e agradeço os estímulos iniciais e o apoio que tenho recebido de todos os que também preferem conjugar os verbos unir, harmonizar, reunir, e sempre seguir em frente na caminhada das realizações.
Obrigado.
Trajetória empresarial de Heitor Müller
A vida industrial de Heitor Müller começa pela avicultura, através do Grupo Frangosul, do qual foi sócio-fundador na década de 70. Depois que a Frangosul transformou-se em Doux-Frangosul, com inclusão de capital francês, participou da criação, em 1990, da Agrogen S.A., na área de biotecnologia/genética avícola, onde atualmente integra o Conselho de Administração. Nesse mesmo segmento industrial, no ano de 2000, fundou a Novagro Granja Avícola S.A., também em Montenegro, onde nasceu.
Essa trajetória na cadeia produtiva da agroindústria se estende à formação, em 2002, da Deltapar Investimentos S.A., que detém o controle da Fundimisa – Fundição e Usinagem Ltda., com sede em Santo Ângelo.
Na atividade empreendedora sempre valorizou o associativismo: foi presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA) - entidade maior da avicultura brasileira; vice–presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frangos (ABEF); presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav); fundador e presidente do Sindicato das Indústria de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs).
Técnico em Contabilidade e formado em Direito, Heitor Müller também integra atualmente a Diretoria da União Brasileira de Avicultura (UBA), além de ser vice-presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (SIPARGS), diretor da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e vice-presidente do Sistema Fiergs/Ciergs.