Entendemos que um reajuste para baixo no preço dos combustíveis no mercado
interno é algo inevitável, questão de pouco tempo.
Não é sustentável permitir um mercado extremamente oligopolizado balizando preços em total discrepância em relação aos níveis internacionais, beneficiando-se de uma oportunidade de arbitragem. Por conta de uma política econômica ruim do passado, o consumidor paga uma conta enorme agora? Não pode ser assim.
No caso de não reajuste para baixo, parece-me uma questão, inclusive, para
intervenção do Cade.
Da mesma forma, quando a arbitragem era desfavorecia à empresa, a CVM ou junta
de acionistas deveria intervir pela destruição de valor consentida à empresa.
O petróleo bruto (Crude) já é negociado abaixo de US$ 45 por barril no mercado internacional, colocando em xeque a viabilidade dos projetos do pré-sal e escancarando - para ontem! - a necessidade de Petrobras revisar o seu plano de investimentos.
Tenho batido nessa tecla, desculpem-me a recorrência, mas trata-se de questão de
extrema urgência sim: a companhia dimensionou seus projetos e sua dívida a
partir de um cenário que não existe mais, de petróleo acima de US$ 100 por
barril.
Cenário que para alguns, como o príncipe saudita Talal nunca mais irá acontecer.
O problema é que o cenário esperado foi embora, mas a dívida fica.